quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Diabetes Tipo I e a doença Celíaca

Embora , graças a Deus, Giovanna não tenha  doença celíaca (e tenho fé que nunca terá!), achei muito valioso postar sobre a diabetes tipo I  e a doença celíaca.



O que é a doença celíaca?   


A doença celíaca é uma condição crônica que afeta principalmente o  intestino delgado. É uma intolerância  permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio, cevada, aveia e malte. Nos indivíduos afetados, a ingestão de glúten causa danos às pequenas  protrusões, ou vilos, que revestem a parede do intestino delgado. Esta condição possui outros nomes, tais como espru celíaco e enteropatia glúten-sensível.

A doença celíaca é considerada uma desordem autoimune, na qual o organismo ataca a si mesmo.Os sintomas podem surgir em qualquer idade após o glúten ser introduzido na dieta.

Quais são os sintomas da doença celíaca?

Os sintomas intestinais incluem diarréia crônica ou prisão de ventre, inchaço e flatulência, irritabilidade, e pouco ganho de peso. Os pacientes podem apresentar atraso de crescimento e da puberdade, anemia da carência de ferro, osteopenia ou osteoporose, exames anormais de fígado, e uma erupção na pele que faz coçar chamada dermatite herpetiforme. A doença celíaca também pode não apresentar nenhum sintoma.

Como a doença celíaca é diagnosticada?

A doença celíaca pode levar anos para ser  diagnosticada. Os exames de sangue são muito utilizados na detecção da doença celíaca. Os exames do anticorpo anti-transglutaminase e do anticorpo anti-endomísio são altamente precisos e confiáveis, mas insuficientes para um diagnóstico.  A doença celíaca deve ser confirmada encontrando-se certas mudanças nos vilos que revestem a parede do intestino delgado. Para ver essas mudanças, uma amostra de tecido do intestino delgado é colhida através de um procedimento chamado endoscopia com biópsia (Um instrumento flexível como uma sonda é inserido através da boca, passa pela garganta e pelo estômago, e chega ao intestino delgado para obter  pequenas amostras de tecido).




O diagnóstico duplo de diabetes doença celíaca é um desafio para o paciente, para médicos, nutricionistas, pais e professores. Aprender sobre a alimentação saudável nestes casos é essencial para o tratamento e o acompanhamento dietético é importantíssimo. De acordo com a associação americana de diabetes, a cada 20 indivíduos com diabetes tipo 1,um paciente também é celíaco. Isto porque ambas as doenças compartilham fatores de risco genéticos. Estas doenças autoimunes estão associadas ao antígeno humano leucocitário (genes HLA de classe II), no cromossomo 6p21. A conexão entre as duas doenças é tão forte, que nos EUA, muitos médicos ao diagnosticarem o diabetes tipo 1 já pedem exames para doença celíaca. Isto é feito pois muitas vezes os sinais e sintomas clássicos da doençacelíaca (desconforto gástrico, perda de peso, gases, diarréia) não estão presentes nestes pacientes.
No caso das duas doenças serem confirmadas os objetivos incluem não só o controle da glicemia mas também a exclusão do glúten da dieta. A associação americana dediabetes recomenda uma dieta em que carboidratos complexos + gorduras monoinsaturadas correspondem de 60 a 70% das calorias da dieta e o restante é fracionado entre proteínas (15% a 20%), gorduras poliinsaturadas (10% – principalmente provenientes dos peixes), saturadas.
O acompanhamento com o nutricionista é muito importante, não só para definir o plano alimentar, mas também para iniciar o aconselhamento nutricional já que o paciente precisará compreender o que são lipídios e seus tipos, carboidratos, seus tipos e como os mesmos influenciam no controle dos níveis de açúcar sanguíneos. Além disso, precisará aprender a dosar os níveis de insulina conforme a quantidade de carboidrato consumida, aprenderá o que é índice glicêmico e como escolher seus alimentos considerando-o, aprenderá a ler os rótulos dos alimentos dentre muitos outros conceitos. O paciente celíaco precisará eliminar o glúten (presente no trigo, aveia, centeio, cevada, malte, triticale, painço e todos os seus derivados como biscoitos, pães, macarrão, pizza, bolos, tortas, barras de cereais, sopas e outros alimentos prontos, suplementos alimentares e até medicamentos) e aprender a substituí-lo por outrosprodutos. Neste caso, se familiarizar com a cozinha e as técnicas dietéticas facilita a vida do paciente e da família. Fazer o auto monitoramento das doenças também é um aprendizado importante. Controlar peso, níveis de glicose, hemoglobina são estratégias fundamentais para garantir uma vida longa e saudável.
Fonte: dicasdanutricionista
Andreia Torres
Nutricionista
CRN 1685-1

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